Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cruyff
Johan Cruijff (Amsterdam, 25 de Abril de 1947) é um técnico de futebol e ex-futebolista da Holanda,
apontado como o melhor futebolista holandês de todos os tempos. Considerado um jogador revolucionário, tático, ofensivo, coletivo,
vistoso e eficiente, inspirou muitos jogadores e treinadores a partir de suas extraordinárias atuações no Amsterdamsche Football
Club Ajax e principalmente na seleção da Holanda, durante a Copa do Mundo de 1974.
Se, atualmente, há no futebol jogadores polivalentes que podem atuar sem posição fixa no campo, sem
prejuízo de suas atuações individuais, muito se deve a este genial craque e não menos a seu treinador no Ajax e na Seleção
Holandesa, Rinus Michels. Mesmo mais de trinta anos passados da Copa do Mundo de 1974, a Holanda, Michels e Cruijff sintetizam
a última revolução tática na história do futebol e serão para sempre lembrados como sinônimos de futebol total.
Cruijff jogou pelo Ajax, FC Barcelona, Los Angeles Aztecs, Washington Diplomats, Levante Union Deportiva,
Feyenoord e New York Cosmos. Como jogador, Cruijff ficou conhecido pelo jogo gracioso, reações rápidas, controle de bola,
rapidez, aceleração, capacidade de mudar rapidamente de direção e pela disciplina tática. Foi tido como um dos melhores jogadores
de futebol do seu tempo, juntamente com Franz Beckenbauer e Pelé, apesar de não ter ganhado qualquer taça com sua equipe nacional.
Como jogador internacional pela Seleção Holandesa de Futebol, fez 48 jogos, nos quais marcou 33 gols.
Os destaques de sua carreira como jogador incluem a vitória da Liga dos Campeões da UEFA por três vezes
(1971, 1972 e 1973), com o Ajax), o Ballon d'Or (Jogador Europeu do Ano) por três vezes (1971, 1973 e 1974), e o vice-campeonato
mundial na final do campeonato de 1974 (perdeu a final contra a Alemanha Ocidental, a qual jogava em casa). Em 1978, recusou-se
a participar do Campeonato do Mundo na Argentina onde a Holanda foi vice-campeã outra vez. Alguns dizem que sua
recusa foi um protesto contra a ditadura militar que vigorava na Argentina. Outros acham que sua esposa, Dani Cruijff, o proibiu;
durante a Copa de 1974, na Alemanha, jornalistas fotografaram os jogadores holandeses com mulheres alemãs nuas, na piscina
do hotel. Receosa, Dani teria proibido Cruijff de ir à Argentina. Também é importante saber que, já em 1974, Cruijff anunciou
numa entrevista que iria parar de jogar futebol quando fizesse 31 anos, o que veio a ocorrer em abril de 1978.
Em 1979, um ano depois de parar de jogar futebol, Cruijff tinha perdido todo seu dinheiro por causa
de investimentos ruins. Por isso, resolveu voltar aos campos, começando nos Estados Unidos. No mesmo ano, atuou pelos Los
Angeles Aztecs, e um ano depois foi contratado pelos Washington Diplomats. De 1980 a 1981, Cruijff voltou à Holanda e
ajudou o técnico de Ajax, Leo Beenhakker, no seu trabalho. Entre março e maio de 1981, ele jogou dez vezes pelo Levante, da
Espanha, mas o clube não conseguiu pagar seu salário, ocasionando sua saída. Depois, ele jogou um torneio com o AC Milan,
mas se machucou e perdeu também a temporada nos Estados Unidos.
Em dezembro de 1981, Cruyff assinou um contrato com o Ajax, como jogador, e voltou aos campos holandeses
no jogo contra Haarlem, em casa (4 a 1, primeiro gol de Cruijff). Nas temporadas 1981-1982 e 1982-1983, o Ajax foi campeão
holandês, e no último ano também ganhou a Copa da Holanda. Porque já tinha 36 anos, o Ajax recusou oferecer-lhe um novo contrato.
Para mostrar que o clube da capital havia cometido um erro, ele assinou um contrato de um ano com o arqui-rival Feyenoord.
Pela primeira vez em 10 anos, o Feyenoord era campeão holandês, ganhando também a Copa da Holanda. No dia 13 de maio 1984,
com 37 anos de idade, Cruijff jogou sua última partida no futebol profissional contra PEC Zwolle, marcando um gol.
Foi eleito, com justiça, o melhor jogador da Holanda nos 50 anos da UEFA, nos Prêmios do Jubileu
da entidade.
Johan Cruijff treinou dois clubes após sua carreira de jogador: Ajax e Barcelona. Como treinador levou
o Ajax à vitória na Recopa Européia em (1987). No Barça, conquistou 4 títulos na Liga Espanhola (1991, 1992, 1993 e 1994)
e uma Liga dos Campeões da UEFA (1992).
Cruijff costumava fumar 20 cigarros por dia antes de sofrer problemas cardíacos (foi operado ao coração
por duas vezes - cirurgia de ponte de safena ou cirurgia bypass), após o qual ele deixou de fumar e começou a usar pastilhas
para deixar o cigarro. Foi também figura de cartaz de uma campanha anti-fumantes desenvolvida pelo departamento de saúde do
governo catalão.
A supertaça holandesa recebeu o seu nome: Johan Cruijff-schaal.
Antes do primeiro jogo pelo Barça, já havia conquistado os torcedores do clube ao declarar que escolheu
o time catalão em vez dos rivais do Real Madrid, pois não poderia jogar em um clube associado ao ditador espanhol, Francisco
Franco.
Como homenagem à Catalunha, batizou seu filho de Jordi, a versão local para "Jorge", nome do
santo padroeiro da região. Cruijff só pôde "driblar" a proibição de Franco de manifestações culturais das etnias não-espanholas
situadas na Espanha, porque registrou seu filho na Holanda, onde este nasceu.
O filho, Jordi Cruijff, aliás, jogou pelo FC Barcelona, Manchester United, Celta de Vigo, Alavés, Espanyol,
além de jogar pelas seleções da Holanda e da Catalunha, estando atualmente no Metalurh Donets'k, da Ucrânia. Foi treinado
pelo pai no Barça.